13.11.06

 
NOCTURNO E DÃO GRÃO VASCO, que a garrafeira vai mal...

Escorremos memórias em nome de presentes, prontos a devolverem-nos o sentido de tudo. Não há tal coisa. Um nada absoluto em forma de uma única somente reviravolta impossível de voltemos a face do porvir. Pode tudo acontecer e nada nos fará reviver ou asseverar o que quer que seja. Mistério é o sublime encanto do desconhecimento. São as rugas do tempo emaranhadas no rosto do descontentamento. E sabemos tão pouco. Tão miseravelmente pouco. Teias e demais odisseias em rios de pranto ou alegrias vãs conforme o linho da vida. Tente-se em vão acrescentar a tudo isto um objectivo, vinho tinto, poesia, amor, pictórico em retrospectiva, efusões de família ou outros prantos. Encantos também disponíveis ou falsas fés em rodapés. Modelados ao inverno da existência em demanda de verões eternos e outros feriados perenes, percorremos glórias de pouca coisa em nome de nós, agrilhoados a nós mesmos e mais egos enredados em vidas, tão somente isso mesmo. Ponto final que já tarda e nada recomeça verdadeiramente. Diria mais: abençoados pobres de espírito sem conta-corrente... ou mais projectos em mente!





<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

hits online