24.4.07

 
RELATÓRIO MINORITÁRIO
Deixemo-nos das depressões dos posts anteriores. Obrigado Lobo Antunes por teres deixado de me psiquiatrizar. Eu era um gajo inteligente, lembras-te? Os meus desvios continuam a bem da minha sanidade. O tema real do dia é o Zé. O Zeca, topas? Também Afonso por acaso. Um grande português. Nem por isso votado. Gajo chato, moribundo, naquela Vila Nogueira de Azeitão. E custa ouvir as fanfarras e os galhardetes póstumos e as grândolas sem apelido ou alcance e o filho da puta do povo, em versão mais modernaça. Eu vou indo bem. O Zeca não sei. Mas onde quer que esteja que não lhe falte moscatel. Que cansa e exaure o soprar trompetas para gente surda e inabilitada. Era uma vez uma revolução. De quem para quem? Nunca importou muito ao Zeca. Ele sempre sonhara e acreditara. Uno de corpo, alma e obra. Não me importa nada a mim, agora que já pouco sonho, e aqui vou ficando esquartejado e multifacetado. Tropecei por acaso na RTP1 instantes atrás. E vi. Vi os benjamins menores, alguns júlios, certos vitorinos, ex-trovadores e demais coisas frescas de rosto e voz, numa festa sentida, bem certo. E nada mais. 25 de Abril sempre! Porque não há sentido em todo o sentido que isto nos faz. Quem viveu afinal a sua obra até ao último sopro? O que a realidade dos dias de hoje faz de nós? Três décadas volvidas e tanto atraso mental. "Ó Ti Alves... São poucas ou muitas? São poucas mé menino, mas p'rá semana serão mai muintas"

 
FORTUNA
Nunca mais voltaria aqui. Nunca mais retornaria. Nunca mais seria pedinte de opinião. Nunca mais vos ouviria em retorno. Nunca mais claudicaria. Nunca mais... Falta apenas ganhar essa fortuna. E falta isso mesmo...

23.4.07

 
AUTO-CONTROLO
Desconhecer tudo por opção, ter de saber tudo por defesa, manter-se vivo por natureza, ascender a perfeito por exclusão de partes, erradicar defeitos por ser predisposto a alma, negada a alma por via sacra, corpo dormente por injustiça humana, esqueleto imberbe em raiar de nova humanidade, nada importa e tudo urge afinal. Resistir e pouco mais, muito mais e avançar... Tudo seja porvir. Tudo seja o que está, afinal, por dizer...

 
DÚVIDA
Onde começam as questões, onde acabam as certezas? Onde começam as dúvidas, onde finalizam as garantias? Onde estamos, onde vamos? Onde poderemos ficar?...

17.4.07

 
ATÉ AMANHÃ
...porque tenho sono, é claro!

 
DIOPTRIAS E DIVERGÊNCIAS
Queriam que eu visse o mundo com outros olhos, tornei-me míope propositadamente.

 
BIALZEPAM
Também Marlboro, sopa de peixe, colegas de trabalho, Planalto de 2006, ou mesmo de 2005. DVD portátil ou 5 e meia na escola da filha. Tenho os meus rituais. Nunca mais fui livre.

 
CONSTATAÇÃO
Deus talvez exista, pobres de nós que hesitamos. Deus talvez hesite, pobres de nós que existimos.

 
ANTI-RUGA
A vida e o seu tempo tendem a tornar tudo num ponto irredutível de focagem. Convém não perder a pontaria apesar de tudo.

 
ARRE
Para bom entendedor... Mas é absolutamente necessário que se saiba pronunciar a palavra toda.

12.4.07

 
Senhor Engenheiro e dois pontos

O país até é um bom país. Não precisávamos de vir a saber a sua algazarra independente. O que queremos é que o senhor engenheiro trate da coisa com o engenho devido e se lembre do que o deve nortear. Os currículos e outros artifícios são para nós coisas estranhas e indefinidas. Supomos que a matéria da governação seja ciência por vós dominada com o arreganho que tal impõe. Não queremos dar ouvidos a vozes maledicentes e demais abencerragens do poder em vão. Também não queremos que tenha o poder em vão para não fundamentarmos tais abencerragens. Por outras palavras, Portas teve o seu calvário, Santana a sua crucificação, Gutterres embandeirou, e Durão desalvorou em tempo útil. Livrai-nos Senhor de todo o mal...

Ass: Irmãs Devotas de Canal-Caveira

 
Odete para os santos

...despede-se até sempre, porque as barricadas se manterão, e como tal, sendo de supor, que a sua localização numa dessas barricadas se manterá. Tendo eu assistido à troca de galhardetes dos "comuns" de ambas as barricadas, resta reformular a expressão e saber se o pretendido não seria uma mera alusão às barrigadas comuns dos mesmos comuns, embora em barricadas diferentes.

7.4.07

 
Esta sexta-feira fiquemos por aqui...

O que Cristo viveu, o que Cristo sentiu e em nome de quem, o que desconhecemos, o que nunca saberemos, mas o que sentimos por isso mesmo de desconhecer, e desconhecer será sempre mais perto de crer, seja então o ouvir dois milénios tão actuais e depois não o refutar de fácil presunção, mas simplesmente acreditar que houve alguém mais límpido e mais puro que nos quis dizer, apenas, amai-vos uns aos outros... E, MUITO DEPOIS DISSO, FODA-SE, ULTRAPASSAI LÁ ISTO MESMO!

6.4.07

 
LIDERANÇA PRECISA-SE

País náufrago, embora com bóias adjudicadas, pátria indefinida, embora com grandes portugueses votados, ridículo comunitário, embora com benção para a periferia, democracia pelos vistos, embora coisa deveras socrática apenas por extensão de momento; cede por trespasse, valioso e não negociável, os destinos da nação, a bem da mesma. Mas retome-se a coisa em circuito estanque nacional, para não mergulhar em OPAs de estados ou multinacionais. A verdade não tem conotação, a realidade nunca é subjectiva, o futuro será sempre marca de sucesso. Pensar nunca foi o nosso dom, acreditar será mais conforme aos desígnios da nação. Dessa limpidez apure-se o carácter, a determinação, a capacidade inata de liderança, o rigor que nos falta, reja-se a procura por aquilo que se encontra. Mas encontre-se urgentemente. E agora até amanhã que mais não me compete...

 
CRIATIVIDADE

E sabe-se lá quando um poema termina ou quando as reticências o determinam...

5.4.07

 
SATURAÇÃO

Disseram-me que era o destino que determinava tudo... acreditei. Então, assim sendo, posso sair daqui aos gritos até o destino me calar?

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