27.3.07
Não há virtude mais doce do que a perda
Não há virtude mais doce do que a perda
o mergulho final no eterno oceano
a flutuação do corpo na memória
o inexaurível desespero.
Conheço o círculo por dentro e por fora
mas ignoro a saída etc., etc.
(Acabo de encontrar por acaso o meu passado
numa rua da baixa e a boca ficou-me amarga
mas talvez tenha sido da cerveja)
Quanto tempo leva a dizer o indizível?
1, 2, 3
1. É sempre o mesmo
é sempre uma outra coisa
2. Por agora existo mais logo tal-
vez pense
3. É o tempo que tem pó.