25.5.08
(escrito em Março de 2008, como um dos cem poemas para morrer, e por isso mesmo com óbvia falta de coragem para editar o mesmo à data)
Atento no sol desmaiando
ou submerso na manhã que raia
é o sangue que te irradia ainda
Apreendendo o tempo sem fio
entregue no espaço que te rodeia
é só estar o que te ocupa neste agora
Apagando a dor que nem conta
imerso no sentimento já vivido
é a hora que anuncia o jamais
Afagando a carne que se recolhe
sonhando as imagens que se esgotam
é o não chorar que te absolve do mais sentir
Acordando para nunca mais
e repleto do todo passado
é a certeza de já tudo ter sido
Adormecendo simplesmente
como em sesta de infância
é novamente hora de toda a verdade